Qual metodologia de gestão de projetos usar?

📑 Tópicos

Com aproximadamente 8.462 metodologias de gestão de projetos para escolher, como saber qual a melhor para você e sua equipe? 

Encontre a melhor abordagem para o seu projeto com nosso guia prático de metodologias populares de gestão de projetos.

Depois de decidir o caminho de gestão de projetos, o próximo passo é descobrir quais metodologias são adequadas para você e sua equipe. Isso porque o mar de possibilidades no gerenciamento de projetos pode ser um pouco paralisante. 

Mesmo que você tenha uma certificação formal para gestão de projetos ou esteja aprendendo por experiência, há uma vasta variedade de metodologias para escolher. E, no geral, cada uma vem com suas próprias regras, listas, princípios e siglas intermináveis.

Mas, calma! Acreditamos que encontrar a metodologia certa para gerenciar seus projetos não deve ser uma ciência de foguetes. 

Por isso, compilamos esta lista de diferentes metodologias de gerenciamento para te ajudar a descobrir quais métodos, princípios e abordagens você pode usar para cada equipe e projeto.

O que seria uma metodologia de gestão de projetos?

Uma metodologia de gestão de projetos é um conjunto de princípios e práticas que orientam na organização dos projetos visando garantir um desempenho ideal.

Entendeu? Basicamente, é um framework que te ajuda a gerenciar projetos da melhor forma possível. 

A gestão de projetos é muito importante para organizações e equipes, mas para que seja realmente eficaz, é preciso ter certeza de que você está mapeando corretamente a metodologia ideal para o tipo de equipe, projeto, organização e objetivos.

E por que existem tantas metodologias diferentes?

Nenhum projeto é exatamente igual (mesmo quando você consegue utilizar recursos úteis como templates para replicar sucessos anteriores).

E quando consideramos diferentes objetivos, KPIs e métodos de produção em cenários de diferentes tipos de equipes e indústrias, faz sentido que não haja uma abordagem única para gerir um projeto.

O que pode acabar funcionando para um time, pode ser um desastre para outro. 

Por exemplo, muitos desenvolvedores de software começaram a descobrir que os métodos tradicionais de gerenciamento de projetos estavam atrapalhando — em vez de ajudar — seus fluxos de trabalho e afetando negativamente no desempenho e resultados.

Como resultado, as equipes de software desenvolveram um novo tipo de metodologia, projetada para atender às suas preocupações específicas.

Em pouco tempo, outras equipes e nichos começaram a adaptar esses métodos para atender às suas necessidades e preocupações exclusivas. E assim foi, com diferentes metodologias de gestão sendo reaproveitadas e adaptadas para diferentes setores e ajustadas para atender a casos de uso específicos.

O que nos resta é uma tonelada de diferentes metodologias de gerenciamento de projetos para escolher. Então, como saber qual método (ou métodos) de gerenciamento de projetos é o mais adequado para você e sua equipe?

Como escolher a metodologia de gestão de projetos ideal?

Existem muitos fatores que afetam na escolha da metodologia de gestão de projetos mais adequada para seu projeto, equipe e organização. Aqui vai uma análise rápida de algumas das principais considerações que podem ajudar na decisão:

Custo e orçamento: em uma escala de $ a $$$, com que tipo de orçamento você está lidando? Há espaço para que isso mude, se necessário, ou é essencial que fique dentro desses limites pré-determinados?

Tamanho do time: quantas pessoas estão envolvidas? Quantos stakeholders? Sua equipe é relativamente compacta e auto-organizada, ou mais dispersa, com necessidade de uma delegação mais rigorosa?

Capacidade de assumir riscos: este é um projeto com um grande impacto que precisa ser gerenciado com cuidado para entregar resultados críticos? Ou é um projeto de menor escala com um pouco mais de espaço para explorar?

Flexibilidade: há espaço para que o escopo do projeto mude durante o processo? Ou até mesmo o produto final?

Cronograma: qual o tempo estimado para entregar? Você precisa de um resultado rápido ou é mais importante que você tenha um excelente resultado, não importa quanto tempo demore?

Colaboração do cliente/stakeholder: quão envolvido o cliente/stakeholder precisa – ou deseja – estar no processo? Quão envolvidos você precisa – ou deseja – que eles estejam?

Compilado de metodologias para gestão de projetos

Compilamos esta lista de metodologias de gestão de projetos para te ajudar a entender o básico.

Embora não seja totalmente abrangente, nosso objetivo aqui é fornecer uma visão geral de algumas das diferentes metodologias existentes, assim, você conseguirá ter uma noção de qual delas pode ser adequada para seus projetos específicos.

Também adicionamos uma lista rápida no final deste conteúdo com uma análise de quais métodos de gerenciamento de projetos são usados com frequência em quais setores, se você quiser ir direto ao ponto.

Então vamos lá! 

1. Método Waterfall (ou cascata)

O método Waterfall é uma abordagem tradicional para gestão de projetos. Nele, as tarefas e fases são realizadas de forma linear e sequencial, sendo que cada etapa do projeto deve ser concluída antes do início da etapa seguinte.

As etapas do gerenciamento do projeto Waterfall geralmente seguem esta sequência:

  • Requisitos
  • Análise
  • Design
  • Construção
  • Testes
  • Implantação e manutenção

O progresso flui em uma direção, como uma verdadeira cachoeira. E tal qual uma cachoeira, ele pode se tornar perigoso rapidamente. 

Como tudo é mapeado no início, há muito espaço para erros se as expectativas não corresponderem à realidade. E não há como voltar ao estágio anterior depois de concluído (imagine tentar nadar contra uma cachoeira – não é divertido).

👍 Experimente esta metodologia de gerenciamento de projetos se:

  • O objetivo final do seu projeto está claramente definido – e não vai mudar;
  • As partes interessadas sabem exatamente o que querem (e isso também não vai mudar);
  • Seu projeto é consistente e previsível (ou seja, não vai mudar);
  • Você está trabalhando em um setor regulamentado que precisa de amplo acompanhamento ou documentação de projetos;
  • Pode ser necessário trazer novas pessoas para o projeto no meio do caminho e colocá-las em dia rapidamente.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Seu projeto está sujeito a mudanças;
  • Você não tem uma visão completa de todos os requisitos antes de começar;
  • Você precisa fazer testes contínuos ou se adaptar ao feedback durante o processo.

2. Método Ágil

A metodologia ágil surgiu de uma crescente insatisfação com a abordagem linear das metodologias tradicionais de gestão.

Em meio a frustrações com as limitações de métodos que não podiam se adaptar a um projeto à medida que avançava, o foco começou a mudar para modelos mais iterativos que permitiam que as equipes revisassem seu projeto conforme necessário durante o processo, em vez de esperar até o final para revisar e alterar.

O conceito de gestão ágil gerou várias subestruturas e metodologias específicas, como scrum, kanban e lean. Mas o que todos eles têm em comum? 

Os princípios-chave das metodologias ágeis são:

  • É colaborativo;
  • É rápido;
  • Está aberto a mudanças baseadas em dados.

As metodologias ágeis geralmente envolvem fases curtas de trabalho com testes, reavaliações e adaptações frequentes. Em muitas delas, todo o trabalho a ser feito é adicionado a um backlog no qual as equipes podem trabalhar em cada fase ou ciclo, com Project Managers ou Product Owners priorizando os itens para que as equipes saibam no que focar primeiro.

👍 Experimente esta metodologia de gerenciamento de projetos se:

  • Seu projeto está sujeito a mudanças;
  • Você não tem certeza no início de como será a solução;
  • Você precisa trabalhar rapidamente e é mais importante ver um progresso rápido do que resultados perfeitos;
  • Stakeholders ou clientes precisam (ou desejam) estar envolvidos em todas as etapas;

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você precisa de muita documentação (por exemplo, se vai trazer novas pessoas a bordo durante o projeto);
  • Você precisa de uma entrega previsível e clara desde o início;
  • Seu projeto não pode se dar ao luxo de mudar durante o curso;
  • Você não tem pessoas automotivadas;
  • Você tem prazos rígidos ou entregas que precisa cumprir.

3. Scrum

Scrum é um método de gestão ágil de projetos. Na verdade, podemos pensar no Scrum mais como um framework do que como uma metodologia em si.

No Scrum, o trabalho é dividido em ciclos curtos conhecidos como “sprints”, que geralmente duram cerca de 1-2 semanas. O trabalho é retirado do backlog para cada iteração do sprint.

Equipes pequenas são lideradas por um Scrum Master (que não é o mesmo que o Project Manager) durante o sprint, após o qual revisam seu desempenho em uma “retrospectiva do sprint” e fazem as alterações necessárias antes de iniciar o próximo sprint.

👍 Experimente este framework se:

  • Você está buscando melhoria contínua.

❌ Este framework pode não funcionar para você se:

  • Você não tem o comprometimento total da equipe necessária para fazê-lo funcionar.

4. Kanban

Kanban é outro método dentro do gerenciamento ágil. Originário da indústria de manufatura, o termo “kanban” evoluiu para denotar um framework na qual as tarefas são representadas visualmente à medida que progridem por meio de colunas em um quadro. 

Os itens a serem trabalhados são continuamente retirados de um backlog pré definido conforme a capacidade da equipe e é movido pelas colunas no quadro, com cada coluna representando um estágio do processo.

O Kanban é ótimo para dar a todos uma visão geral imediata de onde cada parte do trabalho está em um determinado momento. Você pode usar quadros kanban para tudo, desde seu processo de marketing de conteúdo até contratação e recrutamento.

Também ajuda a ver onde há risco de gargalos — se você perceber que uma das colunas está lotada, por exemplo, saberá que essa é uma etapa do processo que precisa ser examinada.

Quando usado como parte de uma metodologia ágil de gestão de projetos, também é comum implementar limites para o trabalho em andamento. Esses limites restringem a quantidade de tarefas em jogo a qualquer momento, o que significa que você só pode ter um certo número de tarefas em cada coluna (ou no quadro geral).

Isso evita que a equipe distribua energia em muitas tarefas e, em vez disso, garante que possam trabalhar de forma mais produtiva, concentrando-se em cada tarefa individualmente.

Isso evita que a equipe distribua energia em muitas tarefas e, em vez disso, garante que possam trabalhar de forma mais produtiva, concentrando-se em cada tarefa individualmente.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você está procurando uma representação visual para o progresso do seu projeto;
  • Você deseja atualizações rápidas de status;
  • Você deseja incentivar o limite do trabalho em progresso, de modo que sua equipe consiga manter o foco;
  • Você prefere trabalhar em um ritmo de “arrastar e puxar”.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Seu processo é super complexo e tem várias etapas;
  • Você quer um sistema push em vez de um sistema pull.

5. Metodologia scrumban

É a resposta para a velha pergunta: e se uníssemos o scrum e o kanban? Scrumban é uma metodologia ágil híbrida que tem o nariz do scrum e os olhos do kanban.

O principal benefício do scrumban como método é que, em vez de decidir qual tarefa do backlog trabalhar em cada sprint desde o início (como você faria em uma estrutura scrum “tradicional”), o scrumban permite que as equipes “puxem” continuamente do backlog com base em sua capacidade (como fariam em uma estrutura kanban).

E usando limites do trabalho em andamento (do kanban) durante seu ciclo de sprint (do scrum), você pode manter um fluxo contínuo enquanto ainda incorpora o planejamento do projeto, revisões e retrospectivas conforme necessário.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você já olhou para scrum e kanban e pensou “Eu gostaria que esses dois garotos malucos ficassem juntos”.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você já olhou melancolicamente pela janela e pensou: “uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, e nunca os dois se encontrarão”.

6. Extreme programming (XP)

A metodologia eXtreme Programming (XP) é outra forma de gestão ágil que foi projetada para o desenvolvimento de software.

Ela enfatiza o trabalho em equipe e a colaboração entre gerentes, clientes e desenvolvedores, com equipes auto-organizadas. Possui um conjunto definido de regras que as equipes devem seguir, baseadas em seus cinco valores: simplicidade, comunicação (preferencialmente cara a cara), feedback, respeito e coragem.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você deseja promover o trabalho em equipe e a colaboração;
  • Você tem uma equipe pequena e co-localizada.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não curte muito seguir regras;
  • Sua equipe está espalhada por diferentes lugares e fusos horários.

7. Metodologia Adaptive Project Framework (APF)

A metodologia Framework de Projeto Adaptável (em português), ou gestão de projeto adaptável, é um tipo de metodologia ágil que foi projetada com a inevitabilidade da mudança em mente.

Aqui, sabemos que, como John Steinbeck diria: mesmo os projetos mais bem elaborados de ratos e homens muitas vezes dão errado. Portanto, o atributo fundamental do APF é que as equipes precisam ser capazes de responder de forma adaptativa às mudanças.

Isso significa que, usando métodos adaptativos de estrutura, as equipes devem tentar antecipar os riscos e se preparar para o inesperado em seu projeto. 

É preciso entender que os principais componentes estão constantemente em fluxo e o time precisa ser capaz de reavaliar constantemente os resultados e as decisões com essas partes móveis em mente.

Isso requer muita comunicação com todas as partes interessadas e – como outras metodologias ágeis – capacidade de trabalhar de forma colaborativa.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você conhece seus objetivos finais (em termos de gerenciamento de projetos, você delineou suas Condições de Satisfação; ou, em termos de Beastie Boys, você é claro sobre o que você quer).

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você precisa de previsibilidade;
  • Você não tem os recursos para lidar com os potenciais negativos da adaptabilidade (por exemplo, ampliação do escopo, retrabalho, uso indevido do tempo).

8. Lean

A metodologia Lean tem suas origens na manufatura, especificamente no Sistema Toyota de Produção. É sobre aplicar os princípios enxutos aos métodos de gestão de projetos para maximizar o valor e minimizar o desperdício.

Embora originalmente se referisse à redução do desperdício físico no processo de fabricação, agora referimos também a outras práticas de desperdício no processo de gerenciamento de projetos. 

Estes são conhecidos como os 3Ms: muda, mura e muri.

  • Muda (desperdício): quando há o consumo de recursos sem agregar valor para o cliente;
  • Mura (desigualdade): quando existe a superprodução em uma área e desequilibra todas as outras áreas, deixando você com muito estoque (desperdício!) Ou processos ineficientes (também de desperdício!);
  • Muri (sobrecarga) ocorre quando há muita pressão sobre recursos, como equipamentos e pessoas, o que muitas vezes pode levar a falhas – tanto em máquinas quanto em humanos.

Usando os princípios-chave do lean, Project Managers podem reduzir esses tipos de desperdício para criar fluxos de trabalho mais eficientes.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você está procurando um conjunto de princípios que ajudarão a cortar a gordura e otimizar fluxos;
  • Você está sempre tentando melhorar e agregar valor para o cliente;
  • Você quer, finalmente, diminuir os custos.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não pode se dar ao luxo de ter problemas de abastecimento (por exemplo: não tem estoque suficiente) ou perder espaço para erros (no caso de falha de equipamento essencial);
  • Você não tem orçamento para investir nisso (embora a gestão enxuta vise reduzir os custos gerais, pode ser caro implementá-la);
  • Você é um guaxinim e adora desperdício.

9. Método do caminho crítico

O método do Caminho Crítico é uma forma de identificar e agendar todas as tarefas críticas que compõem seu projeto, bem como suas dependências.

Isso significa que você precisa:

  • Identificar todas as tarefas essenciais para atingir o objetivo do seu projeto;
  • Estimar quanto tempo cada uma dessas tarefas levará (tendo em mente que certas tarefas precisarão ser concluídas antes que outras possam ser iniciadas).

Use todas essas informações para planejar o “caminho crítico” que você precisará seguir para concluir o projeto o mais rápido possível, sem perder nenhuma etapa crucial.

A lógica é que a sequência mais longa de tarefas críticas se torna o caminho que define o cronograma do projeto.

Ao longo desse caminho, você terá marcos (milestones) a cumprir que sinalizam quando um conjunto de tarefas ou fase termina, podendo passar para o próximo. E existem várias maneiras de visualizar o Caminho Crítico, dependendo da complexidade do projeto, desde gráficos de fluxo até gráficos de Gantt.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Seu projeto é de grande escala e complexo;
  • Seu projeto tem muitas dependências;
  • Você está procurando uma maneira visual de mapear a sequência de tarefas;
  • Você precisa identificar quais tarefas são as mais importantes para alocar melhor os recursos;
  • Você tem um plano e prazos rígidos, sem espaço para ser prolixo;
  • Você ama algoritmos. Ame-os!

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não precisa de algo com muita complexidade;
  • Você não tem certeza sobre prazos, horários e durações;
  • Seu projeto precisa de espaço de manobra para mudar.

10. Gerenciamento de projetos de cadeia crítica

A gestão de projetos pelo método da Cadeia Crítica (ou CCPM) leva o método do Caminho Crítico um passo adiante.

Embora o Caminho Crítico defina o tempo necessário para realizar cada atividade crítica do início ao fim do projeto, muitas vezes pode ser irreal quando chega a hora de colocá-lo em prática.

No método de Cadeia Crítica abordamos esses problemas, permitindo um pouco mais de tempo para os elementos humanos do seu projeto, como atrasos e problemas de recursos. Aqui, temos alguns buffers embutidos que podem ser utilizados sem atrapalhar todo o resto, para que todo o projeto não tenha que sair dos trilhos só porque a vida acontece.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você acha o método do Caminho Crítico interessante, mas quer algo um pouco mais realista;
  • Você já estava superestimando as durações das tarefas no Caminho Crítico para permitir um buffer e deseja dados mais precisos sobre quanto tempo o trabalho está realmente levando em comparação com suas projeções.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você acha que os buffers são apenas uma rede de segurança para pessoas que não planejaram direito da primeira vez;
  • Você acredita que nada poderia dar errado.

11. Introdução de Novos Produtos (NPI)

É uma ótima metodologia de gerenciamento de projetos para quando você deseja lançar um novo produto. Também conhecida como desenvolvimento de novos produtos (NPD), o processo abrange tudo o que você precisa para definir, desenvolver e lançar um produto novo (ou aprimorado).

O projeto segue um único produto durante todo o processo de desenvolvimento. Esse processo envolve várias fases ou um processo stage-gate, que pode variar de organização para organização, mas que geralmente inclui coisas como:

  • Definir a especificação do produto e o escopo do projeto;
  • Avaliar a viabilidade
  • Desenvolver o protótipo;
  • Validar o protótipo por meio de testes e análises;
  • Fabricação do produto em maior escala;
  • Avaliar o sucesso do produto no mercado após o lançamento.

Como os requisitos para o lançamento bem-sucedido de um novo produto abrangem vários departamentos em uma organização, da liderança aos gerentes de produto, marketing e muito mais, isso requer muita colaboração e comunicação multifuncional.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você está trazendo um produto novo ou aprimorado para o mercado;
  • Você está focando em um único produto;
  • Você deseja promover o alinhamento das principais partes interessadas e multifuncionais desde o início.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não está trazendo um produto novo ou melhorado para o mercado.
  • Você está procurando uma abordagem mais ágil para o desenvolvimento de produtos (já que o NPI geralmente é sequencial em vez de iterativo).

 12. Package enabled reengineering (PER)

A Reengenharia Habilitada por Pacote (em português) é uma metodologia que visa ajudar as organizações a redesenhar produtos ou processos com novos olhos. 

Tem como foco facilitar as transformações dos negócios de forma rápida e estratégica, seja por meio do redesenho de processos ou realinhamento de pessoas.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Sua organização precisa de uma revisão;
  • Você precisa de uma nova perspectiva sobre seus produtos ou processos.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não está tentando melhorar um sistema existente.

13. Mapeamento de Resultados

O Mapeamento de Resultados é um sistema de medição do progresso do projeto que foi projetado pelo International Development Research Center (IDRC). 

Ela difere das outras metodologias de gestão desta lista porque não se concentra em entregas mensuráveis; em vez disso, concentra-se na criação de mudanças comportamentais duradouras.

É uma metodologia de gestão comumente usada em projetos de caridade em países em desenvolvimento. Trata-se menos do projeto em si do que do impacto de longo prazo do projeto e de sua capacidade de efetuar mudanças na comunidade. Como resultado, ele mede a influência em vez de outras medidas (talvez mais “típicas”) do progresso do projeto.

O mapeamento de resultados consiste em uma longa fase de projeto seguida por uma fase de manutenção de registros para rastrear os resultados.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Seu projeto visa mudar o comportamento em vez de produzir resultados;
  • Seu projeto está relacionado à mudança e transformação social (por exemplo, nas áreas de desenvolvimento internacional, caridade, comunicação, pesquisa).

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Seu projeto está relacionado a produtos finais, e não a resultados comportamentais.

14. Six Sigma

Six Sigma é um método para melhorar processos com ênfase em garantir consistência na produção e qualidade impecável. 

Existem alguns tipos diferentes disponíveis, como Lean Six Sigma e Agile Sigma, mas, em última análise, o Six Sigma é uma metodologia de negócios que visa eliminar defeitos e reduzir a variação usando suas metodologias definidas.

Os métodos Six Sigma podem ser usados para otimizar e melhorar os processos existentes ou criar novos.

Para melhorar os processos, você pode usar o processo Six Sigma DMAIC, que representa as fases da metodologia do projeto: Definir, Medir, Analisar, Melhorar, Controlar.

Para criar novos processos ou produtos, você pode usar o processo Six Sigma DMADV: Definir, Medir, Analisar, Projetar, Verificar.

Como um conjunto de princípios e técnicas (às vezes é até descrito como uma “filosofia”), em vez de uma metodologia de gestão de projetos em si, os métodos Six Sigma podem ser aplicados juntamente com muitas outras metodologias, como Lean e Agile.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você está procurando um conjunto de princípios e filosofias que possa levar consigo para quase todos os projetos e organizações.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não tem muito orçamento para investir em treinamento – pode ser caro receber treinamento e certificação;
  • Você está procurando um processo definido para um projeto específico, em vez de um conjunto de regras de orientação.

15. PMBOK do PMI

O Livro de Conhecimento em Gerenciamento de Projetos do Project Management Institute (também conhecido como PMBOK do PMI) não é uma metodologia de gerenciamento de projetos por si só. 

No entanto, é um guia de melhores práticas – e forma a base da certificação PMP (Project Management Professional) do PMI, uma das principais qualificações de gerenciamento de projetos.

Como tal, o PMBOK é um conjunto de princípios orientadores padrão do setor que você pode usar para garantir que seus projetos em vários tipos de equipes e organizações atendam aos altos padrões do PMI e cumpram as melhores práticas.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você tem (ou deseja obter) uma certificação PMP;
  • Você deseja manter-se atualizado com os padrões e as melhores práticas do setor;
  • Você mora e trabalha em um local onde o PMP é a qualificação padrão de gerenciamento de projetos (como os EUA).

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você precisa de uma metodologia sólida de gerenciamento de projetos para mapear seu projeto, em vez de conhecimento geral (embora útil) de gerenciamento de projetos.

16. Metodologia PRINCE2 (Projects IN Controlled Environments)

O PRINCE2 (Projetos em Ambientes Controlados, em português) é uma metodologia e certificação de gerenciamento de projetos que visa munir Project Managers com o conhecimento das melhores práticas e processos.

Ao contrário da certificação PMP, ela não exige uma série de pré-requisitos, tornando-a uma boa escolha para project managers que buscam obter uma base metodológica e uma qualificação.

Também diferente do PMP, o PRINCE2 é uma metodologia em si. É guiado por sete princípios, que por sua vez ditam os sete processos que uma pessoa na posição de gestão precisa usar em cada projeto ao usar o PRINCE2.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você está procurando uma certificação para lhe dar uma vantagem;
  • Você mora e trabalha em um local onde PRINCE2 é a qualificação padrão de gerenciamento de projetos (como o Reino Unido).

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não quer se comprometer com a certificação completa;
  • O processo de sete etapas não mapeia seus projetos;
  • Você se vê adaptando (ou ignorando totalmente) os estágios do processo de tal forma que se torna PAN – “PRINCE Apenas no Nome”.

17. Rapid application development (RAD)

O Desenvolvimento Rápido de Aplicativos (em português) é um tipo de metodologia ágil que visa facilitar o desenvolvimento de software mais rápido.

Ele usa versões e iterações rápidas de protótipos para coletar feedback em um curto período de tempo e prioriza o feedback do usuário em relação ao planejamento rigoroso e registro de requisitos.

👍 Experimente esta metodologia se:

  • Você deseja fornecer aos clientes/clientes/stakeholders um modelo funcional muito mais cedo (mesmo que não seja perfeito);
  • Você deseja criar vários protótipos e trabalhar com os stakeholders para escolher o melhor;
  • A velocidade é essencial;
  • Você deseja incentivar a reutilização de código.

❌ Esta metodologia pode não funcionar para você se:

  • Você não tem uma equipe experiente;
  • Seus clientes ou stakeholders não têm tempo para se comprometer com um processo tão colaborativo ou não podem fornecer feedback dentro dos prazos necessários;
  • Você tem uma grande equipe;
  • Você prefere ter uma especificação detalhada que descreve todos os requisitos funcionais e não funcionais.

Escolhendo a melhor metodologia para gerir seus projetos

A metodologia ideal de gestão pode elevar seu projeto e ajudar o/a Project Manager a obter o melhor de cada equipe.

Independente do método que você preferir, seja pelo ágil, mais utilizado no gerenciamento de projetos de TI ou mais tradicional, e a metodologia de caminho crítico usada na construção e na fabricação, existe uma metodologia de gerenciamento de projetos para cada equipe.

Mas não importa qual metodologia você escolha, você precisa de uma ferramenta que seja colaborativa, flexível e fácil de usar para apoiá-lo em cada etapa do caminho.

Este post é uma tradução livre do artigo 🔗“Which project management methodologies should you use?” publicado por teamwork.com.  

Que tal compartilhar este post?

Acesso rápido
Posts relacionados
plugins premium WordPress